Memorial

O cheiro a terra molhada já denunciava um ambiente diferente daquele que vinha vivendo nos últimos tempos. Não era, no entanto, um cheiro indiferente e original. Era o ambiente próprio da santa terrinha onde já não tornava faz um bom tempo. Como é bom o regresso. Nem mesmo o facto de ter parado no tempo lhe retira aquele encanto que nos faz regressar com invejável entusiasmo.

Poderia descrever em mais de trezentas linhas as sensações que o meu Alentejo desperta, mas fico-me pela mais prosaica das razões: adoro-o porque sim !
E tudo se torna tão mais único quando os serões são partilhados com os amigos de sempre, os que por uma razão ou outra não podemos ver todos os dias ou tantas vezes quantas as que desejamos, mas que sabemos que estão sempre por lá. São os mesmo que dão garantias de que todas as ocasiões são especiais para um reencontro.

Um jantar bem regado, a puxar a língua para o despautério, para a boa disposição e para a tolice, tudo na devida proporção. Garantidamente não encontrámos o paliativo para a crise mundial, mas estou em crer que se aterrasse naquela mesa mais um jarro de sangria e discursaria durante mais tempo que o Fidel Castro.

Este post é uma pedra memorial que marca o prazer da vossa companhia e o jantar de sábado. Que se repita por muitas mais ocasiões.