quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Longa de torna a espera

Um filme! Percebo cada vez melhor o porquê de aumentarem significativamente as adesões a seguros de saúde, sobretudo, claro está, para quem tem essa possibilidade! Felizmente nunca fui de precisar muito de recorrer aos Serviços públicos de saúde, mas sinto que sempre que deles necessito as coisas tendem sempre a falhar de alguma maneira! Pouco passava das 9 horas quando cheguei ao Centro de Saúde da minha área de residência! Desde logo o primeiro sinal de resistência pois a confusão de senhas é tal que poucas são as pessoas que entendem as designações! O segurança de serviço lá me explicou qual a que me era devida mas alertou-me desde logo que a espera ia ser longa! Cerca de hora e meia depois lá fui atendido e tal não foi o meu espanto (ou não) não havia qualquer hipótese de ser atendido como recurso! Mesmo questionando sobre os cartazes que apontavam a prioridade de atendimento para a "urgência" das situações, as indicações são outras! Escrevo este texto desde a sala de espera do Hospital São Francisco Xavier onde já estou vai para hora e meia, isto desde a triagem! Ao meu redor um vai-vem de pulseiras coloridas que atestam a prioridade de cada caso! Estou sem grande paciência e apetece-me partir para a ignorância e desatar à bofetada! A sala apesar de ter boas condições parece ser mesmo pequena para a coabitação entre quem espera, quem desespera e que simplesmente acompanha! 3 noites mal dormidas, na convicção de que o dia seguinte seria melhor deixam-me algo irritado perante o tema de conversa! Ao meu lado, acompanhantes degladiam-se sobre quem será pior! De um lado garante-se que a espera já de prolonga desde as 7 da manhã, ao que a "parceira" riposta sublinhando que a noite foi passada em branco! Mas a primeira não se fica, fazendo ver que o seu esposo tem a força suficiente para derrubar uma televisão e borrar-se pelo corredor afora! Ahh valente, isto é o que se convencionou chamar uma pessoa com um discurso "demasiado gráfico"! Enfim...Não dá para ignorar! Além de não conseguir estar muito tempo de pé, a chuva lá fora cai como se não houvesse amanhã pelo que as hipóteses de fuga estão goradas...pelo menos por agora! E aqui continuo!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dicionários de 1º Ciclo

Imagem retirada do blog de Henrique Monteiro
Rezam as crónicas que há uma pequena polémica em torno do material que algumas escolas do 1º ciclo estão a recomendar aos alunos, nomeadamente dicionários que contêm palavrões.

A sugestão é feita através da lista de material enviada aos encarregados de educação, apesar de o dicionário, já com o acordo ortográfico, estar recomendado pela editora apenas para alunos a partir do 3.º ciclo.

O Dicionário Básico de Língua Portuguesa, da Porto Editora (capa azul), que custa 5,5 euros, apresenta palavras como "c..." (órgão sexual masculino), "c..." (órgão sexual feminino) e "f..." (acto sexual).

A mim, o que me choca é que os miúdos, por acção das escolas que recomendam material, estejam a ter contacto com palavras como "Ca...ra-metade" ou "ca...ramanchão"! Isso é que me preocupa!! O que é que vai ser da nossa juventude

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Calculo que tenha doído...



...mas não tenho bem a certeza! No entanto, desconfio que sim!
Este é tipicamente um concurso à americana, em que os concorrentes se prestam aos mais variados desafios para serem os Maiores do Mundo (se repararem, tudo o que os americanos ganham, nem que seja no torneio do pião, torna-os nos campeões do Mundo).

Advirto que as imagens são susceptiveis de chocar pessoas mais sensíveis, crianças e apreciadores de melancia.

Campeões


O meu ataque à Liga dos Campeões faz-se com esta equipa de gente humilde mas em quem deposito grande confiança! Destaco a titularidade do bracarense Lima, não só porque tenho a ideia de que vai ser uma surpresa mas também porque é baratissimo!

domingo, 12 de setembro de 2010

Mantorras merecia melhor

Imagem retirada daqui
Ponto prévio: concordo com a ideia de que o Benfica não é propriamente a Santa Casa da Misericórdia, em que a piedade é uma questão de principio.

Mas entendo que o que o meu Benfica fez a Pedro Mantorras foi uma tremenda de uma sacanice. Na mesma entrevista que Luis Filipe Vieira sublinhou que Mantorras "é hoje o exemplo de sofrimento, dedicação de luta, de querer", garantiu que agora é tempo de o Benfica zelar pelos interesses de Pedro, sendo certo que o seu futuro não deverá passar pela carreira como jogador.

Que Mantorras estava fora de combate não é novidade. Que isso já não é de agora também não é de espantar. É triste é que antevendo-se há muito este desfecho, o Benfica não tenha permitido que Mantorras actuasse 45 segundos que fosse na última época, consagrando-o também como campeão. Haveria forma mais digna de Mantorras terminar a sua carreira? O jogador símbolo, exemplo, que para todos os efeitos é uma imagem de marca do clube, ou não fosse ele um activo admirado pelos adeptos.

Os grandes clubes vêm-se também nestes gestos. Lamento que o meu não tenha percebido isso!

sábado, 11 de setembro de 2010

Imagens que marcam



Partilho estas imagens compiladas pela SIC, um trabalho de que gostei muito!
"Never forget"

America Proibida



Uma das cenas mais hediondas da história do cinema por sinal num dos melhores filmes da história do cinema!

Portugal no mapa mundial da Medicina

João Pedro Marnoto for the International Herald Tribune
O futuro Centro de Investigação da Fundação Champalimaud colocará Lisboa e Portugal na vanguarda dos avanços da luta contra o cancro. Quem o diz é o jornal "The New York Times", num artigo publicado esta semana que tece rasgados elogios à iniciativa definida em testamento por António de Sommer Champalimaud e que replica, pela primeira vez na Europa, a filantropia médica. Motivo de muito orgulho

O 11 de Setembro de Alcafache

Imagem retirada daqui
Portugal teve também o seu 11 de Setembro trágico. Decorria o ano de 1985 quando em Alcafache, na região de Mangualde, o choque entre dois comboios provocou uma enormidade de vítimas mortais.

O número exacto de vítimas resultante do choque frontal, na Linha da Beira Alta, entre um Sud-Express com destino a Paris e um Regional que seguia para Coimbra nunca foi apurado. As estimativas feitas por jornais, observadores oculares e outras fontes, variavam entre 40 e 200 mortos.

O artigo evocativo é do Mangualde Online
Na via férrea única que cruza o centro do País, serpenteando entre Coimbra e Vilar Formoso, tinham chocado dois comboios. A composição número 315, mais conhecida por Sud-Express, tinha saído do Porto com cerca de meia hora de atraso, por volta das 15h40, com destino a Vilar Formoso, Hendaia e finalmente à estação de Austerlitz, em Paris. Como já era costume, o fim das férias marcava o adeus de milhares de emigrantes à terra natal e algumas centenas enchiam naquele dia as carruagens-cama do “Sud”.
Atrasos eram corriqueiros, mas naquele dia a central de Coimbra avisara já os chefes das estações de comboio até Nelas, que aquela composição tinha prioridade sobre o tráfego regional. Um aviso feito por telefone, única forma, nessa altura, de comunicar com as estações, que por sua vez transmitiam as instruções aos maquinistas das composições. Entre comboios imperava igualmente o silêncio, já que à época, em Portugal, nenhum dispunha de qualquer dispositivo de comunicação.

Em sentido contrário, às 16h55 partia pontualmente da Guarda a composição número 1324, com destino a Coimbra, algumas dezenas de passageiros a bordo e paragem marcada em todas as estações e apeadeiros. Era uma questão de fazer contas. O comboio da Guarda devia aguardar a passagem do Sud-Express na estação de Mangualde. A falta de dispositivos de comunicação revelar-se-ia, no entanto, fatal, como já nesse ano tinha ficado demonstrado com a ocorrência de outros oito acidentes ferroviários. Uma situação que o acidente de Alcafache obrigaria, aliás, a mudar radicalmente.
Contando com o atraso do comboio proveniente do Porto, a composição da Guarda seguiu caminho, rumo a Nelas. Encontraram-se da pior maneira, numa das poucas zonas de recta do caminho-de-ferro, perto do apeadeiro de Alcafache e de Moimenta do Dão, a povoação mais próxima.