Já faz algum tempo que tenho estas pérolas guardadas. Acho que são bem demonstrativas do modo como uma edição pode sair infeliz. Acontece-nos a todos. Depois do trabalho feito e repassado, colocarmos a mão na consciência e percebemos: "Podia ter sido melhor". E se há coisa que torna o jornalismo mais complexo é a questão dos títulos.
E acredito que terá sido esse pensamento, ainda que com algumas expressões mais violentas, a roçar o boçal e escatológico, que as chefias de um dos diários que todas as manhãs nos trazem noticias terão tido.
Lidos alguns títulos percebemos bem o porquê do uso de tais expressões. Pior que tudo...saíram todos na mesma edição:
-Neto de Hemingway nas festas de Pamplona (terá sido em memória do avô que decidiu agarrar a vida pelos cornos?)
-Assassino aguardou na fila para se entregar à policia (isto quando se trata de gente educada é outra fruta...)
-Ingrid só cortará cabelo quando libertarem reféns (aposto que depois de manifestada esta intenção, os líderes das FARC terão temido pela vida...)
-Adolescente encontra morcego no sutiã: A britânica pensou que o movimento vibratório que estava a sentir era do telemóvel (...sem comentários...)
-Pasteleiro francês mata o assistente (experimentem pedir novamente a receita dos pasteis de Belém...depois não se admirem)
1 comentário:
Todos eles bem ao estilo da nossa TVI que ainda esta semana dava introduzia uma noticia com a bela frase: " em jornalismo costuma dizer-se que quando o cão morde um homem não é noticia, mas que quando o homem morde o cão o é!"
Brilhante...até me deu vontade de chorar.
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