terça-feira, 18 de abril de 2006

Tudo tem o seu preço...




O reduzido crescimento tendencial da produtividade do trabalho em Portugal, que em 2005 voltou a recuar, tem acentuado a divergência face aos níveis médios de rendimento per capita observados na Europa, e constitui o elemento central do reduzido crescimento e do bem-estar económico em Portugal, explica o Boletim Económico da Primavera.

Num cenário em que a taxa de crescimento da economia portuguesa foi de apenas 0,3% em 2005, com a taxa de desemprego nos 7,6%, o aumento da produtividade por trabalhador caiu para 0,4% (1% em 2004).

A manutenção de crescimento dos custo do trabalho unitáro por trabalhador (CTUP) superiores aos observados na área do euro acentua a perda de competitividade-custo da economia portuguesa, contribuindo para o desempenho desapontador das exportações e da actividade.


Estes indicadores dão, efectivamente, que pensar. E dão que pensar mais ainda porque a chave para este mistério está, não em trabalhar mais horas mas ser mais eficaz nas horas em que o trabalho é efectivo. Simples. Foi dessa forma que Alemanha e Japão enriqueceram...através da produtividade. Portugal arrisca-se cada vez mais a ficar para trás no comboio europeu...Estranho é que o endividamento das familias continue a aumentar sobretudo no que respeita aos créditos ao consumo (para férias por exemplo...).

Se o passo é maior que a perna...

1 comentário:

O País e o Mundo disse...

há muitas pernas mais curtas que os passos, é uma questão culrural, mas este atrasa também de deve na crescente de mão de obra não declarada no país!
No aumento do número de reformados que continua a trabalhar após reforma e sem declarar ao fisco, no aumento da mão de obra clandestina em que os patrões para fugirem às mantêm incógnitos os seu fucnionários, no acréscimento do número de pessoas que recebe dinheiro do subsídio de desemprego e que trabalha em paralelo sem o assumir para não perder direito a esse dinheiro!
Na irresponsabilidade do Governo em aumentar loucamente os IVA, os IA, as constribuições sociais e os não sei mais o quê, fazendo com que muitas empresas mintam ou omitam para não pagar os referidos ou pagar menos!
Será que estes factores têm alguma coisa a ver com a redução da produtividade?