segunda-feira, 26 de julho de 2010

No dia dos Avós

Tanto que podia escrever sobre a minha avó. D. Rosa, D. Rosa...a verdade é que tinhas um coração enorme e generoso apesar de tudo por que passaste. Não é fácil ver partir tanta gente e manter a verticalidade de quem se resigna e quer seguir em frente. Tem de seguir em frente. E um feitio especial. Não tinhas? Não deixavas nada por dizer, por muito que isso pudesse ser a modos que abrupto, mas isso tranquilizava-te. Não levavas desaforo para debaixo dos lençóis e era isso que te descansava. E teimosa? Nem te davas conta do quanto nos divertia contrariar-te só para te ver a prender o burro. Apesar de tudo eras grande. Acredita que me custa muito estar a escrever estas linhas mas não podia deixar passar este dia, que garantem que é o Dia dos Avós. Custou-me muito ver o corpo sucumbir, mesmo sabendo que não eras já tu nestes últimos meses. Afinal foram tantos e tantos anos a partilhar tanta coisa. Hoje homenageio-te. Ou quanto muito assinalo um dia que comemoro em todos os outros, lembrando-me de ti.

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