quinta-feira, 3 de julho de 2008

Tratam-nos da saúde...

Ele há coisas que não lembram nem ao diabo. E é por essas e por outras que o desejo da maioria dos jovens é, simplesmente, pegar nas malas e procurar uma qualquer Suazilândia ou Bangladesh que sejam menos terceiro mundistas que Portugal.

À conta de uma ligeira arritmia alérgica, causada por uma reacção menos abonatória de um medicamento, a minha mãe teve necessidade de recorrer a um Centro de Saúde, quanto mais não fosse para despistar qualquer anomalia ou mesmo simplesmente para que lhe fosse medida a tensão arterial. É, ou não, um direito que assiste a quem desconta à décadas para um Sistema Nacional de Saúde e que, felizmente, nunca teve de sacar daí quaisquer benefícios?

Pois a resposta é um redondo "não". Para que a minha mãe fosse atendida em Carnaxide, dado que não mora aqui, teria, além de uma ficha, de pagar pela consulta e ainda pagar qualquer exame complementar que eventualmente fosse necessário. Txaraaaannn...

Não é brilhante? Eu preciso de ser visto por um médico, por uma qualquer eventualidade, e se não estiver na minha área de residência estou tramado. Eu já tinha percebido que é fundamental que escolhamos bem os nossos percursos de vida, que façamos as nossas escolhas, etc, etc...mas daí até ter de escolher onde vou ter de procurar uma ajuda médica é que já se torna um tanto...vá...irracional ! Parece-me !

Já agora, a propósito disso: lembram-se das declarações da Ministra da Saúde quando dizia que se necessitasse de uma urgência recorreria ao serviço público ? Pois bem se lixa...viajada como é...se precisar de um Centro de Saúde bem que pode vir com uma perna a arrastar durante 384 quilómetros e mais duas rotundas ! Pumba...

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