Costuma-se dizer, e até que não foge muito à realidade, que só nos manifestamos quando os assuntos nos tocam de algum modo. E eu, como gosto pouco de fugir às regras, vou manter essa tendência.
Então não é que a ASAE, sempre com a espada da justiça e do estrito cumprimento "à pintelhésima" do que são as normas europeias (?!!), veio agora embirrar com a centenária fábrica das amêndoas de Portalegre... por falta de espaço?!?!
"A ASAE exigiu que a fábrica tivesse mais espaço para poder laborar e nós não temos para já essas condições. Por isso, aconselhou-nos a encerrar", declarou a proprietária à Lusa.
Ponto prévio: é impressão minha ou o termo chave nesta questão é "centenária"? Fui eu que percebi mal ou a fábrica, um dos baluartes gastronómicos da terrinha, já existia ainda a ASAE não passava de um espermatozoide (estirilizado, seleccionado, rotulado e acondicionado numa embalagem a uma temperatura abaixo da temperatura ambiente, como mandam as regras...as tais europeias)?
Ainda que se metam com os locais "chungosos", em que não há condições de higiene para garantir sequer a refeição de um cão sarnoso, é como o outro...agora...por falta de espaço?!
Já alguém se lembrou de perguntar aos franceses, por exemplo, se mudaram os hábitos de fabrico dos seus mais famosos queijos, aqueles pestilentos que afinal até têm um bom gosto?
Haverá coisa mais deprimente do que caminhar para aquele estado em que na nossa certidão de óbito consta como causa do falecimento "excesso de saúde"?
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