Viva o Ensino em Portugal

O senhor que aqui vemos, apesar de nesta imagem não se notar muito bem o sorriso, não cabe em si de alegria depois do anuncio feito esta quinta-feira por parte da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.

A catedrática disse, em entrevista publicada na revista "Visão", que quer dar às escolas localizadas em meios sociais problemáticos e com problemas de indisciplina a possibilidade de recrutarem directamente professores, escolhendo-os em função do seu perfil profissional.

Pois bem, o «Sentido de Estado» pode avançar que nos critérios para a contratação de professores para zona da Cova da Moura e Galinheiras constam aspectos como licença de porte de arma, taekwondo e pelo menos 3 anos de experiência em cidades como Kabul, Kirkuk, Peshawar, Amadora e Bagdad.

Não sou, de todo, saudosista mas confesso que sinto saudades dos bons velhos tempos em que ser professor era sinónimo de "aprendizagem" e "gosto pela escola". Seria absurdo generalizar estas questões, mas tenho cá para mim a noção de que nos dias que correm já não se ensina, função prosaicamente substituida pela árdua tarefa de "dar" aulas.

Vivemos num país de mentirinha, de faz de conta, onde as grandes decisões ficam por tomar em detrimento de acções de fachada. Uma plástica a uma senhora de idade (não, não estou a falar de Lili Caneças, acreditem que não) não lhe irá curar o reumatismo, apenas o encobre numa embalagem agradável.