quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Afinal não é bem assim...


Continuamos a ser mestres na arte do «faz-de-conta». Já parece estar no sangue...é genético. Além de continuarmos a viver acima das nossas possibilidades, continuamos a portar-nos de igual maneira. Julgamo-nos os maiores e mais...fazemos um pequeno show à volta disso.

Quando na passada terça-feira uma criança perguntava a Sócrates o que estava ali a fazer, muito decidido o primeiro-ministro salientou que se tratava de um momento histórico. Foram não sei quantos milhões, a uma média de outros quantos milhões por escola, tudo para que os alunos e as crianças tivessem acesso a Internet de Banda Larga.

Um dia depois percebe-se que afinal não é bem assim, e que tudo não passou de uma operação de maquilhagem, um tanto mal encenada, e que afinal nem todas as escolas estão ligadas à Internet por Banda Larga.

Começam cedo a perceber os governantes que temos...mas a oposição ajuda à festa, é o que nos vale !

Governo: Banda Larga nas escolas foi viabilizada por várias técnicas

A instalação da Internet de banda larga nas escolas públicas do país onde a ADSL não era tecnicamente possível foi viabilizada através da RDIS e outros sistemas, precisou quarta-feira à Lusa fonte do Ministério da Ciência.



«É possível instalar a banda larga em todas as escolas e nos casos onde a ADSL não é viável recorreu-se a outras soluções, como a RDIS e o cable modem, que é tecnicamente equivalente à TVcabo», disse a mesma fonte, corrigindo uma notícia difundida pela Lusa.
Na referida notícia, afirmava-se que a instalação da Internet de banda larga não tinha sido possível em algumas escolas por inviabilidade técnica.

A instalação da Banda Larga nas escolas do ensino básico e secundário foi realizada pela Portugal Telecom, no âmbito de um concurso internacional lançado pela Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN).

Um documento da FCCN a que a agência Lusa teve hoje acesso afirma que «há algumas escolas onde o ADSL não é tecnicamente viável» e depende de factores como «a distância entre o local e a central telefónica mais próxima, os parâmetros eléctricos do cabo de cobre que vai da central à escola e até da qualidade da instalação telefónica da escola».

O referido documento foi elaborado terça-feira depois de vários responsáveis escolares terem declarado à Lusa que as suas escolas não tinham Internet de Banda Larga, contrariando o anúncio feito nesse dia pelo governo sobre a conclusão da instalação daquela tecnologia em todos os estabelecimentos públicos dos ensino básico e secundário.

Nas escolas onde não foi possível instalar a Banda Larga por ADSL «foi decidido fazer uma melhoria da ligação RDIS já existente», passando de dois para quatro canais RDIS, diz a FCCN.

Segundo a FCCN, a velocidade de acesso à Internet proporcionada pelos quatro canais RDIS (256 kbps) corresponde «ao limiar inferior da chamada banda larga».

in Diario Digital

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