quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

Retaliações




Não o fiz e seguramente não haverá muitas mais ocasiões em que mereça algum reparo neste blog. Falo das questões políticas. Estou confiante numa feliz aliança entre Sócrates e Cavaco Silva. Estranho que aqueles que deram a maioria ao também secretario geral do partido da «rosa» estejam agora tão angustiados, quando na realidade nada mudou! Falam inclusivamente num primeiro-minsitro de «direita», quase cavaquista... O lugar que ocupa em S.Bento, legitiado pela democrática vontade do povo, não sofreu qualquer belisão com os resultados das presidênciais. Nem era suposto que tal acontecesse. Mas enfim, eles lá sabem !! Apraz-me registar que vão surgindo na blogosfera novas páginas contra o Cavaco, contra o que defende, o que não defende, o que diz e o que não diz. Bom trabalho então !!

Não resisto em transcrever aqui um excerto, ok, é o artigo inteiro, de Raúl Vaz, originalmente publicado na edição de quarta-feira do Jornal de Negócios.


Retaliações socialistas
O PS procura esconder o estado de choque, mas os sintomas do descalabro eleitoral começam a produzir efeito. Alegre não pode rejeitar em absoluto o frenesim dos apoiantes – o combate vai aprofundar as clivagens ideológicas do grupo parlamentar.
Helena Roseta fará o barulho que for necessário para manter Alegre à boca de cena, chamando-o à responsabilidade cívica. Soares acusa o choque e dá prova de vida. Medeiros Ferreira – «Roseta de Soares» na aventura presidencial – anuncia «um combate cívico». Com Cavaco em Belém, as farpas terão um destinatário, o cúmplice de S. Bento – um político que subordina a ideologia ao pragmatismo. Sócrates procura moderar a turbulência – em que Roseta agora conta e Medeiros julga que conta – e terá começado por travar a onda de retaliação a Alegre. Queriam tirar-lhe o cargo de vice-presidente do Parlamento. Quem? Alguém com assento no directório socialista – os mesmos que aceitaram a candidatura de Soares, acreditando no regresso do «velho leão». Quem? O poderoso ministro António Costa ocupou o lugar de Jorge Coelho na condução do aparelho partidário. Costa é experiente, frio na reacção e, sobretudo, competente. O descalabro eleitoral exige articulação.

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