sexta-feira, 25 de novembro de 2005
Jornalismos...
Independentemente das vicissitudes que são inerentes a qualquer profissão, confesso que para mim, sendo das coisas que mais gosto de fazer é também das mais árduas e por vezes complexas dadas as limitações de espaço: titular os meus artigos ! Por vezes torna-se complicado resumir uma ideia complexa em apenas 3 ou 4 palavras. Contudo, tento fazer com que os artigos, na sua globalidade, tenham razão de ser, que faça sentido a sua existência. Vem isto a propósito de um fenómeno a que tenho assistido como mera curiosidade em torno da morte de uma antiga glória do futebol britânico, George Best.
São por demais conhecidos os problemas de saúde que afectaram Best e que tornam a sua ligação ao mundo dos vivos quase como que um milagre. Contudo, as edições electrónicas das principais publicações do Reino Unido, como o «The Sun», BBC, Sky News, Daily Mirror, entre outras, estejam a lidar tão mal com a situação. Não tanto pelo conteúdo dos artigos mas mais pela forma como são titulados.
Repare-se no exemplo da foto. Aquele texto, traduzido livremente para português seria qualquer coisa como "Best está quase a morrer". Este adicionado a outros como "Best ainda não está morto"; "Não falta muito para Best morrer"; "Não passa de hoje", levam-nos a pensar que afinal não somos tão maus. Pode acontecer é que com a nossa mania de copiarmos os modelos estrangeiros, ainda vamos ler manchetes como "Cavaco eleito presidente: só falta mesmo que tenha mais votos que os outros candidatos"; "Orçamento de 2006 está quase, quase a ser aprovado";
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2 comentários:
Bom... A verdade é que o senhor acabou mesmo por «bater a bota» hoje!
O problemanão está tanto no conteúdo...está mais na forma. Imaginas um título do género: «Governo anuncia daqui a um pouquinho, não falta mesmo muito, o aumento das taxas de juro, falta só um bocadinho assim»
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