Uma vida. Autenticamente uma vida, cheia de alegrias e tristezas como qualquer vida é composta. Com bons e maus momentos. Mas acima de tudo com histórias. Histórias como a de uma entusiasta leitora que conta orgulhosa: «a minha mãe teve dois filhos: eu e o El País".
O El Pais, uma das maiores referências do jornalismo europeu acaba de comemorar 30 anos. O actual administrador do Grupo Prisa, Juan Luis Cebrián, foi um dos homens-forte da operação que em 1976 lançou os primeiros 180 mil exemplares deste diário de referência.
A data, entre outras alterações, marca a entrada de Javier Moreno para o cargo de director do jornal. «Quando saímos não havia computadores, nem telemóveis, nem havia democracia. Não estávamos na NATO nem na Comunidade Europeia, não existia a União Soviética. O mundo mudou tanto nestes 30 anos que Javier tem muito que fazer para dar resposta a isto tudo», entende Cebrian em declarações à EFE, aqui citado pelo Diário de Noticias.
Olhando para dentro, Cebrián assume que o El País «foi muito arrogante em demasiadas ocasiões», na sua direcção, mas não só. «Fazíamos um bom jornal mas chegámos muitas vezes a uma arrogância absurda, consideravamo-nos uma espécie de oráculo que dizia o que estava bem ou mal», assume Cebrián. E, apesar do balanço de três décadas ser positivo, diz-se seguidor da máxima de Jesus de la Serna, que foi provedor do leitor do El País: «a humildade é a base de qualquer bom repórter».
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